
Dois jovens que trabalham na delegação de Amares da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) foram, ao final da tarde de anteontem, os ‘parteiros’ de uma criança, a meio do percurso do transporte de uma grávida que acabou por dar à luz na própria ambulância.
Esta já não é a primeira vez que uma equipa daquela delegação teve que arregaçar mangas e realizar um parto. O acontecimento já se repetiu, pelo menos, três ou quatro vezes, a última das quais há cerca de 10 anos, tal como recordou o comandante da instituição, António Brandão, que garantiu que os seus elementos “estão preparados e têm formação para acorrer a uma situação desta emergência”.
Na comunidade, os dois jovens, Luís Peixoto e Rui Coimbra, de 22 e 20 anos, têm sido elogiados como verdadeiros ‘heróis’. Ao jornal ‘Correio do Minho’ comentaram que “foi um acontecimento muito especial”.
Tudo aconteceu durante um serviço de urgência solicitado à Cruz Vermelha. Uma mãe, de 23 anos, de Fiscal (Caldelas), Amares, sentiu as denominadas ‘dores do parto’ e pediu ajuda para ser transportada para o Hospital de São Marcos, em Braga. Mas, o bebé quis nascer a meio da viagem e os jovens voluntários tiveram que parar a meio do percurso, em Rendufe, para assistir ao parto, que correu da melhor forma possível.
“Experiência extrao rdinária”
Há um ano, apenas, a trabalhar na delegação de Amares da CVP, foi Luís Peixoto que aparou o bebé ao nascer e que cortou o cordão umbilical. “Foi uma expreriência extraordinária”, comentou, referindo estar “preparado para prestar auxílio em qualquer eventualidade”.
“Fizemos um bom trabalho, com muita calma e muita tranquilidade e de acordo com os procedimentos correctos, tal como aprendemos na formação para o parto durante o curso base de socorrismo e com a ajuda dos utensílios do ‘kit para o parto’ que anda na ambulância”, explicou o jovem, mais ao pormenor.
A acabar nesta altura o curso em ‘Sistemas de Informação’, Rui Coimbra foi o outro jovem assistente no parto. Longe dos computadores e de cenários virtuais, o trabalho enquanto voluntário é-lhe indispensável. “É um bichinho que a minha irmã passou para mim”, disse.
Mostrando-se também muito feliz quanto à forma como o parto decorreu, Rui explicou que “é uma sensação única, ver um bebé nascer. São coisas que acontecem e nós temos que estar prontos para qualquer situação”.
No local da ocorrência esteve, também, a Viatura Médica de Emergência e Reanimação de Braga, mas já o parto estava realizado. Depois de verificar que tudo estava bem, deu ordem para o transporte da mãe e do bebé para o hospital.
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