segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Parto na ambulância (29 de Julho 2009)



Dois jovens que trabalham na delegação de Amares da Cruz Vermelha Portuguesa (CVP) foram, ao final da tarde de anteontem, os ‘parteiros’ de uma criança, a meio do percurso do transporte de uma grávida que acabou por dar à luz na própria ambulância.

Esta já não é a primeira vez que uma equipa daquela delegação teve que arregaçar mangas e realizar um parto. O acontecimento já se repetiu, pelo menos, três ou quatro vezes, a última das quais há cerca de 10 anos, tal como recordou o comandante da instituição, António Brandão, que garantiu que os seus elementos “estão preparados e têm formação para acorrer a uma situação desta emergência”.

Na comunidade, os dois jovens, Luís Peixoto e Rui Coimbra, de 22 e 20 anos, têm sido elogiados como verdadeiros ‘heróis’. Ao jornal ‘Correio do Minho’ comentaram que “foi um acontecimento muito especial”.

Tudo aconteceu durante um serviço de urgência solicitado à Cruz Vermelha. Uma mãe, de 23 anos, de Fiscal (Caldelas), Amares, sentiu as denominadas ‘dores do parto’ e pediu ajuda para ser transportada para o Hospital de São Marcos, em Braga. Mas, o bebé quis nascer a meio da viagem e os jovens voluntários tiveram que parar a meio do percurso, em Rendufe, para assistir ao parto, que correu da melhor forma possível.

“Experiência extrao rdinária”

Há um ano, apenas, a trabalhar na delegação de Amares da CVP, foi Luís Peixoto que aparou o bebé ao nascer e que cortou o cordão umbilical. “Foi uma expreriência extraordinária”, comentou, referindo estar “preparado para prestar auxílio em qualquer eventualidade”.
“Fizemos um bom trabalho, com muita calma e muita tranquilidade e de acordo com os procedimentos correctos, tal como aprendemos na formação para o parto durante o curso base de socorrismo e com a ajuda dos utensílios do ‘kit para o parto’ que anda na ambulância”, explicou o jovem, mais ao pormenor.

A acabar nesta altura o curso em ‘Sistemas de Informação’, Rui Coimbra foi o outro jovem assistente no parto. Longe dos computadores e de cenários virtuais, o trabalho enquanto voluntário é-lhe indispensável. “É um bichinho que a minha irmã passou para mim”, disse.
Mostrando-se também muito feliz quanto à forma como o parto decorreu, Rui explicou que “é uma sensação única, ver um bebé nascer. São coisas que acontecem e nós temos que estar prontos para qualquer situação”.

No local da ocorrência esteve, também, a Viatura Médica de Emergência e Reanimação de Braga, mas já o parto estava realizado. Depois de verificar que tudo estava bem, deu ordem para o transporte da mãe e do bebé para o hospital.

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